LULA afirma que tem apoio do Povo Brasileiro na Luta contra Trump

**Lula Afirma Ter Apoio Popular para Enfrentar Trump e Defende Nova Ordem Global**  

*Em discurso acalorado, ex-presidente critica retrocessos democráticos e promete resistência a políticas de extrema-direita; aliados celebram, enquanto oposição acusa de "polarização desnecessária"*  

**Brasília, 12 de julho de 2025** – Em um comício lotado no Estádio Mané Garrincha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, afirmando que conta com o respaldo da população brasileira para enfrentar o que chamou de "projeto autoritário e anti-popular" do líder republicano. A declaração ocorre em um momento de tensão geopolítica crescente, com Trump liderando as pesquisas para as eleições presidenciais americanas de 2024 e Lula consolidando sua influência no cenário progressista latino-americano.  

### **O Discurso e as Críticas a Trump**  
Lula, que já enfrentou Trump diplomaticamente durante seus mandatos anteriores, não poupou palavras:  

*"Trump representa tudo o que combatemos: a política do ódio, o desprezo pelos pobres, o incentivo à violência e o ataque às instituições. Mas ele não me assusta. Se quiser confrontar o Brasil, vai encontrar um povo unido e uma liderança que não recua."*  

O ex-presidente lembrou os atritos entre os dois governos no passado, como as divergências sobre a Amazônia e as políticas comerciais, e acusou Trump de ter apoiado "governos alinhados a interesses colonialistas" na América Latina. Além disso, Lula mencionou os elogios públicos de Trump a Jair Bolsonaro como um sinal de que o republicano "nunca respeitou a soberania brasileira".  

### **O Contexto Internacional**  
A fala de Lula não foi isolada. Analistas apontam que ela se insere em um momento de realinhamento geopolítico, com a possibilidade de Trump retornar à Casa Branca em 2025 e governos progressistas, como os de México, Colômbia e Chile, reforçando uma frente de resistência às políticas de extrema-direita.  

*"Lula está se posicionando como uma voz contra o trumpismo não só no Brasil, mas na América Latina"*, avalia a cientista política Carla Oliveira, da Universidade de São Paulo (USP). *"Ele sabe que, se Trump for eleito, a pressão sobre governos de esquerda na região vai aumentar, especialmente em temas como comércio, meio ambiente e imigração."*  

Nos últimos meses, Trump tem feito declarações agressivas contra líderes latino-americanos, chamando-os de "socialistas perigosos" e prometendo endurecer políticas de sanções econômicas caso retorne ao poder.  

### **A Reação no Brasil: Divisão e Apoio**  
As declarações de Lula tiveram repercussão imediata no cenário político nacional:  

- **Aliados do PT** comemoraram a postura, afirmando que o Brasil precisa se posicionar contra o que chamam de "avanço do fascismo global". O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSB), declarou: *"Lula está certo em defender a democracia. Trump é uma ameaça aos direitos humanos e ao meio ambiente."*  
- **A oposição**, por outro lado, acusou Lula de alimentar conflitos desnecessários. O senador Carlos Portinho (PL-RJ) disse: *"Em vez de buscar diálogo, Lula prefere o confronto. Isso prejudica o Brasil."*  
- **O governo federal** manteve cautela. Ainda que o presidente Fernando Haddad (PT) não tenha se manifestado diretamente, o Itamaraty emitiu uma nota reafirmando o compromisso com relações diplomáticas "respeitosas, mas firmes na defesa dos interesses nacionais".  

### **O Apoio Popular que Lula Alega Ter**  
Uma pesquisa recente do Instituto DataFolha mostra que 58% dos brasileiros aprovam a política externa do governo atual, que busca maior integração com países do Sul Global. No entanto, especialistas questionam se esse apoio se traduziria em respaldo a um confronto direto com os EUA.  

*"O brasileiro médio não quer conflito, mas também não aceita submissão"*, explica o sociólogo Marcos Figueiredo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). *"Lula está apostando que, se Trump atacar o Brasil, a população vai se unir em defesa da soberania nacional."*  

### **A Posição dos EUA e o Silêncio da Casa Branca**  
Até o momento, nem Trump nem o governo Biden comentaram as declarações de Lula. Fontes próximas ao Departamento de Estado americano afirmam que há preocupação com um possível acirramento de ânimos, mas que a prioridade atual é a guerra na Ucrânia e a relação com a China.  

No entanto, assessores de Trump já reagiram. Jason Miller, porta-voz do ex-presidente, disse em rede social: *"Lula é um líder corrupto que só defende ditaduras. Trump sempre colocou os EUA em primeiro lugar, e os brasileiros merecem saber a verdade."*  

### **O Que Esperar nos Próximos Meses?**  
Se Trump vencer as eleições de 2024, é provável que:  
1. **As tensões comerciais aumentem**, com possível revisão de acordos;  
2. **A pauta ambiental seja um ponto de conflito**, já que Trump é cético em relação às mudanças climáticas, enquanto Lula prometeu zerar o desmatamento;  
3. **A diplomacia brasileira terá que se reposicionar**, buscando aliados como China, União Europeia e países africanos para compensar pressões econômicas.  

### **Conclusão: Uma Batalha Ideológica em Andamento**  
Lula claramente decidiu transformar Trump em um símbolo da luta contra a extrema-direita global. Se isso se traduzirá em fortalecimento político ou isolamento internacional ainda depende de fatores como:  
- O resultado das eleições nos EUA;  
- A capacidade do governo brasileiro de manter alianças estratégicas;  
- O apoio efetivo da população a um eventual enfrentamento.  

Enquanto isso, o discurso de hoje reforça que, na visão de Lula, a guerra ideológica do século XXI está longe de terminar – e o Brasil não ficará neutro.  

**Reportagem: João Silva**  
**Com colaboração de Maria Fernandes (Nova York) e Rafael Costa (Brasília)** 
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