Segurança Rabisca Olhos Em Arte Milionária


Rabisco Milionário: Tédio de Segurança Transforma Obra de Arte em Caso de Polícia na Rússia

Uma pitada de tédio e uma caneta esferográfica foram os ingredientes de uma história inacreditável que agitou o mundo da arte na Rússia. Um segurança, em seu primeiro dia de trabalho no Centro Yeltsin, em Ecaterimburgo, resolveu dar um "up" em uma tela avaliada em milhões de reais. A vítima da intervenção artística não solicitada foi a pintura "Três Figuras" (1932-1934), da renomada artista russa Anna Leporskaya. O resultado? Dois pares de olhos rabiscados com despretensão nas figuras abstratas e sem rosto da obra.

A descoberta da "melhoria" na tela foi feita por visitantes do museu, que, convenhamos, não esperavam encontrar uma intervenção tão... direta em uma peça de valor inestimável. O caso rapidamente chegou às autoridades, desencadeando uma série de eventos que levantaram questões sobre segurança em museus, o valor intrínseco da arte e, claro, o que passa pela cabeça de um segurança entediado em um dia de trabalho monótono.

O protagonista involuntário dessa história, cuja identidade permanece um mistério, teve uma passagem meteórica pelo seu novo emprego. Aparentemente, rabiscar obras de arte não está exatamente na descrição de cargo de um segurança de museu. O resultado imediato foi a sua demissão, um desfecho previsível para uma atitude tão... peculiar.

Mas a história não parou por aí. O Ministério da Cultura da Rússia, understandably, não levou o incidente na esportiva. Exigiram uma investigação criminal para apurar o caso, mesmo diante da relutância inicial da polícia local, que chegou a considerar o dano como "insignificante". É difícil imaginar como rabiscos de caneta em uma pintura multimilionária poderiam ser considerados triviais, mas cada um com a sua perspectiva, não é mesmo?

Agora, o futuro do ex-segurança está nas mãos da justiça russa. Se considerado culpado de dano a patrimônio cultural, ele pode ter que arcar com uma multa considerável e até mesmo passar alguns meses atrás das grades. Uma punição severa, talvez, mas que serve como um alerta para os amantes de canetas esferográficas e obras de arte valiosas: mantenham a distância!

Enquanto isso, a pobre "Três Figuras" embarcou em uma jornada rumo à recuperação. A tela foi enviada para a Galeria Estatal Tretyakov, em Moscou, um dos mais importantes centros de conservação e restauração da Rússia. Os especialistas estimam que o delicado trabalho de remover os rabiscos indesejados custará cerca de 250 mil rublos, o que, na cotação atual, gira em torno de R$ 17 mil. A boa notícia (para o museu, pelo menos) é que a conta deve ficar com a empresa de segurança que empregava o "artista" frustrado.

Este episódio bizarro reacendeu um debate importante sobre a segurança nos museus ao redor do mundo. Como garantir a integridade de obras de arte tão valiosas? Câmeras de segurança, alarmes e vigilância constante parecem ser o mínimo, mas, como essa história ilustra, nem sempre são suficientes para deter um acesso de tédio criativo. Será que os museus precisam de seguranças com um apreço mais apurado pela arte, ou talvez com menos acesso a canetas?

Além da questão da segurança, o incidente levanta reflexões sobre o valor da arte moderna e abstrata. Para o segurança, as figuras sem rosto de Leporskaya talvez parecessem incompletas, carecendo de um olhar. Mas para os apreciadores de arte, a tela representa um momento histórico, uma expressão da visão da artista e um bem cultural de valor inestimável. A intervenção, por mais ingênua que possa ter sido a intenção, desrespeitou essa integridade e causou um dano real.

A história do segurança entediado que resolveu "melhorar" uma pintura milionária é, ao mesmo tempo, engraçada e preocupante. Ela nos lembra da fragilidade das obras de arte, da importância da segurança nos museus e, talvez o mais importante, da imprevisibilidade do comportamento humano, especialmente quando confrontado com longas horas de trabalho e uma tela intrigante. Resta agora acompanhar o desenrolar dessa história e torcer para que "Três Figuras" recupere sua beleza original, livre dos olhares curiosos e definitivos de uma caneta esferográfica.
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