Jovem Tem Avc Após Roer Unha


Roer a unha: mania inofensiva que quase custou a vida


Quem nunca roeu uma unha que atire a primeira pedra. Confesso que, enquanto escrevo estas linhas, sinto uma coceirinha nos dedos... Mas a história que vou te contar agora pode te fazer repensar esse hábito aparentemente inofensivo. Um jovem espanhol, Mario Colomina, viveu um pesadelo há cerca de dez anos por causa dessa mania. O que começou como um simples roer de unhas se transformou em uma infecção generalizada que o levou à beira da morte.

A revelação veio à tona recentemente através de um alerta impactante do próprio Mario nas redes sociais, viralizando e chocando muita gente. "Se você tem o hábito de roer as unhas, pare", escreveu o influenciador, com a autoridade de quem sentiu na pele as consequências dessa ação. E não foi pouca coisa: a bactéria Staphylococcus aureus, presente sob as unhas, encontrou uma porta de entrada no organismo de Mario no momento em que ele as roía.

O que aconteceu depois parece roteiro de filme de terror. A infecção não ficou restrita à boca ou aos dedos. Ela viajou sorrateiramente pela corrente sanguínea até se alojar em um local crítico: a válvula mitral do coração. A cada batida, o coração de Mario bombeava sangue contaminado para o resto do corpo, espalhando a infecção como rastilho de pólvora.

Os primeiros sinais foram sutis, facilmente confundidos com um mal-estar passageiro. Febre, vômitos, tremores... Quem nunca sentiu isso? O próprio Mario chegou a pensar que estava apenas com uma gripe daquelas. Mas o quadro clínico se agravou rapidamente, com o surgimento de um sintoma alarmante: a paralisia de uma das pernas. Foi aí que o sinal de alerta soou de vez.

Os exames médicos foram categóricos e trouxeram à luz a gravidade da situação. Mario sofreu embolias em órgãos vitais como o cérebro, os rins e o baço. Em outras palavras, coágulos sanguíneos infectados se desprenderam e bloquearam o fluxo de sangue nesses órgãos, comprometendo suas funções. Além de lutar contra a infecção bacteriana que o estava consumindo por dentro, Mario precisou enfrentar a perspectiva de uma cirurgia cardíaca delicada. A válvula mitral, severamente danificada pela ação implacável da bactéria, precisou ser substituída por uma prótese.

Imagine a dimensão do susto, a angústia da família, a luta pela vida. Um hábito tão comum, quase automático para algumas pessoas, desencadeando uma cascata de eventos tão graves. A história de Mario serve como um lembrete brutal de que, às vezes, os perigos se escondem nos hábitos mais corriqueiros.

O caso, apesar de ter ocorrido há uma década, ganhou nova repercussão com o relato de Mario nas redes sociais e sua participação em um programa de televisão espanhol. E o que mais surpreende nessa história toda? Mesmo tendo passado por um calvário, enfrentado um AVC, insuficiência cardíaca e uma cirurgia no coração, Mario confessou, sem pudores, que não conseguiu abandonar totalmente o hábito de roer as unhas. É daquelas coisas que a gente ouve e custa a acreditar, não é? Parece que a mania, em alguns casos, cria raízes profundas.

Essa confissão, de certa forma, torna a história ainda mais impactante. Mostra a força de um hábito, mesmo diante de consequências tão severas. E reforça a importância do alerta feito por Mario: o que parece ser apenas uma mania nervosa pode, sim, trazer riscos reais à saúde.

Afinal, nossas unhas estão expostas a uma infinidade de micro-organismos presentes no ambiente. Ao roê-las, facilitamos a entrada dessas bactérias, vírus e fungos no nosso corpo, quebrando a barreira de proteção natural da pele e das cutículas. A boca, apesar de ter suas próprias defesas, não é um ambiente estéril e pode se tornar um veículo para a disseminação desses agentes infecciosos.

A Staphylococcus aureus, a bactéria identificada no caso de Mario, é uma velha conhecida dos médicos. Ela pode causar desde infecções de pele relativamente simples até quadros muito graves, como endocardite (inflamação do revestimento interno do coração e suas válvulas), sepse (infecção generalizada) e, como vimos, até embolias.

Portanto, da próxima vez que a mão for à boca em um momento de ansiedade ou tédio, lembre-se da história de Mario. O que parece ser um escape inofensivo pode se transformar em um pesadelo. A saúde agradece o esforço para abandonar esse hábito. E, convenhamos, ter unhas bem cuidadas é bem mais agradável, não é mesmo?
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