Fim da Escala 6x1: Adeus a Milhões de Empregos em Minas e no Brasil?
A galera do empresariado mineiro botou a boca no trombone, e o recado não é dos mais animadores. Segundo um levantamento da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), divulgado em um evento que reuniu a nata dos negócios em Belo Horizonte, a ideia de acabar com a escala 6×1 pode ser um tiro no pé do mercado de trabalho brasileiro, com um potencial de mandar para o olho da rua nada menos que 18 milhões de trabalhadores. É isso mesmo, caro leitor, você não leu errado: MILHÕES! A Fiemg alerta para o impacto do fim da escala 6x1 no emprego.
A Fiemg tá ligada que a parada já tá rolando na Câmara dos Deputados e não poupou palavras para alertar que essa mudança pode inflacionar os custos das empresas, botar em risco a competitividade do Brasil lá fora e, de quebra, ainda dar um empurrãozinho para a informalidade, que já é um problemão por aqui. O setor produtivo mineiro vê riscos na mudança da jornada de trabalho.
O estudo da federação mineira jogou uns números na mesa que deixaram muita gente de cabelo em pé. Se a jornada de trabalho for encurtada sem que a gente produza mais, o tombo no Produto Interno Bruto (PIB) pode chegar a 16%, o que, traduzindo para o nosso bom português, significa uma perda de até R$ 2,9 TRILHÕES no faturamento das empresas que botam a mão na massa. É grana que não entra, investimento que não rola e, no fim das contas, menos emprego para todo mundo. A redução da jornada sem aumento da produtividade pode derrubar o PIB.
O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, foi direto ao ponto: antes de pensar em trabalhar menos, o Brasil precisa resolver o seu calcanhar de Aquiles, que é a nossa baixa produtividade. Ele mandou umas verdades, sem papas na língua, lembrando que o trabalhador brazuca ainda tá bem atrás do americano quando o assunto é produzir. E aí, meu amigo, reduzir a jornada sem aumentar a produtividade é como querer correr uma maratona de chinelo: o tombo é quase certo. A produtividade do trabalhador brasileiro é um entrave para a redução da jornada.
O levantamento da Fiemg fez uma simulação sinistra: se a carga horária contratada cair para 40 horas semanais sem que a gente aprenda a fazer mais em menos tempo, o Brasil pode dizer adeus a 18 milhões de empregos e ver a massa salarial encolher em até R$ 480 bilhões. A conta é simples: menos horas trabalhadas, menos produção e, consequentemente, menos gente precisando ser contratada. É um efeito dominó com potencial de estrago gigante na economia. O impacto da redução da jornada no desemprego pode ser alarmante.
A galera do setor produtivo tá com a pulga atrás da orelha, e não é para menos. A escala 6×1, com um dia de folga na semana, é uma realidade para muita gente e para muitas empresas. Mexer nisso sem um plano B bem estruturado pode ser um salseiro dos grandes. A Fiemg defende que o foco agora deveria ser em como fazer o trabalhador brasileiro produzir mais, com mais tecnologia, mais qualificação e menos burocracia. Reduzir a jornada sem atacar o problema da produtividade, segundo eles, é botar a carroça na frente dos bois e arriscar um futuro com mais desemprego e menos grana circulando. A briga promete ser boa nos bastidores da política e do empresariado. Resta saber quem vai levar essa parada e qual será o futuro da jornada de trabalho no Brasil. Uma coisa é certa: o debate tá quente e merece a nossa atenção. A Fiemg defende o aumento da produtividade antes da redução da jornada.
A discussão sobre a redução da jornada de trabalho no Brasil não é nova, mas ganha fôlego com as recentes movimentações no Congresso. Enquanto alguns defendem a medida como um avanço social, capaz de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e até mesmo gerar mais empregos com a necessidade de contratação para cobrir as horas não trabalhadas, o setor empresarial demonstra grande preocupação com os custos e a competitividade. O argumento da Fiemg, centrado na baixa produtividade do trabalhador brasileiro em comparação com outros países, especialmente os desenvolvidos, acende um alerta importante. Não adianta trabalhar menos se a produção continuar a mesma, ou até diminuir. A conta, no final das contas, pode sobrar para as empresas e para o consumidor.
É inegável que a escala 6x1, para muitos trabalhadores, é uma jornada exaustiva que impacta a saúde física e mental, além de dificultar a conciliação entre vida pessoal e profissional. A busca por uma jornada mais equilibrada é legítima e encontra eco em diversos países que já adotaram modelos de trabalho com menos horas semanais, muitas vezes com resultados positivos em termos de bem-estar e até mesmo de produtividade. No entanto, a realidade brasileira apresenta desafios específicos, como a já mencionada baixa produtividade, a alta carga tributária sobre as empresas e a complexidade da legislação trabalhista. Implementar uma redução da jornada sem enfrentar esses gargalos pode, de fato, gerar um aumento significativo nos custos operacionais das empresas, especialmente aquelas que operam em setores com margens de lucro menores.
A Fiemg não está sozinha nessa preocupação. Outras entidades do setor produtivo também já manifestaram receio em relação aos impactos de uma redução da jornada sem um aumento correspondente na produtividade. O temor é que, em vez de gerar mais empregos, a medida force as empresas a reduzir seus quadros para compensar o aumento dos custos por hora trabalhada, além de tornar os produtos e serviços brasileiros menos competitivos no mercado global. A informalidade, que já representa uma parcela significativa da força de trabalho no Brasil, também pode ser impulsionada, com empresas buscando alternativas para fugir dos custos trabalhistas mais elevados.
A saída para esse impasse, como bem apontou o presidente da Fiemg, pode estar em um debate mais amplo e aprofundado sobre como aumentar a produtividade no Brasil. Investimentos em tecnologia, qualificação da mão de obra, simplificação da burocracia e melhorias na infraestrutura são alguns dos caminhos que podem levar a um aumento da produção por hora trabalhada. Se o Brasil conseguir avançar nesses quesitos, uma futura redução da jornada poderia ser implementada de forma mais sustentável, sem comprometer a saúde financeira das empresas e sem gerar um impacto negativo no mercado de trabalho. O debate sobre a jornada de trabalho precisa estar atrelado a um plano de aumento da produtividade para ser eficaz.