STF Aperta o Cerco Contra Suposto "Núcleo 2" do Golpe: Denúncia Caminha para Aceitação
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a esquentar o debate sobre a tentativa de golpe de Estado que tanto agitou o cenário político brasileiro. Na tarde da última terça-feira (22/4), os ministros se reuniram para dar o martelo final sobre o recebimento, ou não, da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra mais um grupo de figuras carimbadas acusadas de maquinar nos bastidores para desestabilizar a democracia. E, pelo visto, a maré não está nada favorável para esse pessoal do chamado "núcleo 2".
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, já chegou botando banca e adiantou seu voto de forma categórica: para ele, não pairam dúvidas sobre a solidez da denúncia e a responsabilidade individual de cada um dos acusados nessa trama. E, pelo que se viu na sessão, os demais ministros da Primeira Turma seguiram a mesma linha de raciocínio, engrossando o coro pela aceitação da denúncia. A Primeira Turma do STF demonstra um entendimento coeso sobre a gravidade das acusações de tentativa de golpe de Estado.
Moraes foi incisivo ao citar a famigerada "minuta do golpe", aquele documento que teria circulado até mesmo nas mãos do então presidente Jair Bolsonaro. De acordo com as investigações, o ex-assessor presidencial Filipe Martins seria o autor dessa peça central, um plano que supostamente seria assinado pelo ex-presidente com o objetivo de anular as eleições que consagraram a vitória de Lula. O ministro fez questão de frisar que o foco dessa denúncia não reside em tentativas de homicídio, mas sim nos ataques e ameaças às instituições democráticas do país. A "minuta do golpe" é apontada como prova crucial da articulação golpista. O papel de Filipe Martins na elaboração do documento é central na denúncia da PGR.
O relator não deixou espaço para ambiguidades quanto à robustez das provas apresentadas pela PGR. Segundo ele, existem elementos concretos e indícios veementes da participação de cada um dos seis integrantes desse "núcleo 2". E um dos nomes que ganhou destaque nesse grupo é o do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, acusado de ter atuado como uma espécie de "gerente" das ações que visavam concretizar o golpe de Estado. A atuação de Silvinei Vasques à frente da PRF durante o período eleitoral é um dos pontos centrais da investigação. As provas da PGR são consideradas robustas pelo relator do caso no STF.
Com o voto contundente de Moraes e o apoio dos demais ministros da Primeira Turma, a situação se torna bastante delicada para esse novo grupo de acusados. Caso a denúncia seja formalmente aceita, eles se tornarão réus e terão que enfrentar um processo criminal com sérias implicações. A Justiça terá a palavra final para determinar o papel de cada um nessa tentativa de subverter a ordem democrática e as consequências legais de seus atos. E a gente, aqui do lado de cá, segue acompanhando atentamente os próximos capítulos dessa novela jurídica e política que parece longe de chegar ao seu desfecho. O processo criminal contra os acusados da tentativa de golpe ganha força no STF. A decisão da Justiça brasileira será crucial para o futuro da democracia.